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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


  ATOS 11:27-30


    Relatório da FAO, agência da ONU para alimentação e agricultura divulgado nesta sexta, dia mundial da alimentação, declarou que um sexto da população mundial (mais de um bilhão de pessoas) passa fome. Desde 1970 nunca houve tantas pessoas com fome no mundo...
          Mas a fome não é uma realidade nova. Lucas, finalizando o capítulo 11, diz que naqueles dias (v. 27) – dias de dispersão, evangelização e expansão do Reino de Deus – os profetas de Jerusalém (irmãos que comunicavam a visão de Deus para o presente e futuro – At 13:1; Ef 3:20)
 foram para Antioquia, onde um deles, chamado Ágabo,  afirmou que haveria no mundo uma fome ampla, geral e irrestrita! (v. 28). Neste contexto de crise a nascente e frutífera igreja de Antioquia discerniu que deveria agir solidariamente....

     I – OS CRISTÃOS NÃO ESTÃO ISENTOS DAS CRISES ECONÔMICAS  (v. 28)
         Ágabo profetizou pelo Espírito que haveria fome e não prosperidade. Esta direção divina contraria pressupostos comumente aceitos hoje na igreja evangélica brasileira, inspirada por “profetas” como Kenneth Hagin, para quem “a idéia de pobreza simplesmente não combina com nossa posição de filhos do Rei”. Uma leitura honesta do Evangelho, porém, sinaliza Jesus, filho do Rei, vivendo de maneira simples e pobre, fazendo de sua pobreza o canal de manifestação da riqueza de Sua graça (II Co 8:9).

A igreja de Antioquia seguia o exemplo da igreja de Jerusalém (cp c/ At 4:33-34) – diante da crise, ao invés de jogar a culpa no governo,  julgou, imediatamente, ser dela a responsabilidade na busca de uma solução.

Lucas destaca que houve a participação individual. Esta responsabilidade pessoal nos esforços coletivos foi muito bem delineada no NT. Paulo, por exemplo,  quando acolhido por Tiago, Pedro e João, recebeu deles a recomendação de que não se esquecesse dos pobres (Gl 2:10) e ele mesmo, falando aos presbíteros de Éfeso, recomendou atenção especial aos pobres (At 20:35) 

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